20 de mai. de 2010

De tempos em... séculos

Gente, pretendia escrever com calma sobre a Virada Cultural em SP. Pretendia escrever um conto, uma poesia. Tive ideias mil pra várias outras coisas. Todas me vieram quando estava andando, ou em trânsito, ou comendo com os amigos, ou na rua, ou viajando... Pois é :D

Na "cara dura": estou escrevendo porque meu note está fazendo um download que não posso parar (pois são atualizações que, há séculos, não tenho paciência de baixar) e... estou aqui dizendo, justamente, que só estou escrevendo porque não me resta outra coisa senão (junto ou separado, hein? Portuguêeeeeis, cadê você? iuhuuuu?)... Senão esperar. Legal, né?? :D

Então... Como ainda está nos 75%, sinto-me à vontade para continuar. Hum... Onde eu estava mesmo? Virada, virada... Ah, sim! A Virada! Pois é... Fiquei me perguntando se "virada" seria por causa do esquema de "24h ininterruptas" ou se é porque viram São Paulo do avesso? Bem... Nesse sentido, ouvi de uma pessoa o seguinte (mais ou menos nessas palavras):
-São Paulo é uma cidade que precisa dessas coisas, precisa de uma aversão a ordem, uma carnavalização.

Pois bem. Antes de tudo, preciso explicar... Fui pra tal Virada mais pra encontrar uma pessoa e pra acompanhar uma produção. Digamos que eu fui... Como um lindo acessório no terno de alguém (olha, que chique!). Mas, na qualidade de mera espectadora dos bastidores, pude perceber algumas coisas...

Sim. Deram toda assistência aos artistas convidados (até onde pude ver, repito). Todos os mimos, cuidados possíveis (droga... 79% ainda!). Agora... Programação dos eventos... Xi... Nisso aí, perde ponto, viu? Impressos desatualizados, informações desencontradas, grupos e cantores que não têm nada em comum partilhando o mesmo palco (ainda que em horário diferentes, mas ABBA antes da "Banda Cantoria", kakaka... Francamente!). Um verdadeiro carnaval. Quem foi assistir "Living Colour" (ahá! Google confirmou: eu sabia que era igual a escrita inglesa!), por exemplo, não teve dificuldade nenhuma. Todo mundo sabia! O ABBA? Idem. Agora... E a banda do "Zé Pretinho"? Alguém conseguia achar na programação? Mas... Nas portas dos locais incluídos na Virada, estava lá:

Programação Virada Cultural
Sábado - 15/05/2010 - Banda Zé Mané da Esquina de Casa
Domingo - 16/05/2010 - Seu João que Comeu Pão e Veio do Sertão

Voilà (86% AINDA! Eu vou cancelar essa bosta. Grrrr)... E as mudanças no trânsito, então? Puxa... Alguém avisou? Bem... Quem conhece a cidade e mora lá... Ótimo! No hotel em que eu estava ninguém sabia o que ia fechar e o que não ia... Aliás, acabo de me lembrar que saí com alguém da cidade! Mas... Peraí... Ela também não sabia quais acessos estavam liberados e quais não estavam. Mistério...

Já os horários... Nossa! Quanto esforço pra vencer o trânsito, os contratempos e começar tudo no horário! O paulistano gosta dessa coisa do relógio. Não que espetáculos no horário não aconteçam em outros lugares, mas... Lá o cronômetro é não é só um brinquedo (êeeeeh! 94%).

Voltando à carnavalização... Tem uma cena que eu vi que não consigo deixar de associar com a Virada... Seguinte: estávamos no carro de nossa amiga, eu e meu noivo, a caminho do hotel ou outro lugar, não me recordo bem. De repente, nossa amiga disse:
- Ué... Você está vendo o que eu tô vendo?
Olho pra frente e lá estava... Metade pra fora do carro... Branca como só um paulistano poderia ter (que me perdoem os que são mais bronzeados), falando por si só da tal "carnavalização", uma alusão direta ao Bart Simpson, uma obra "simpsoniana paulina", por assim dizer. Sim. Ela... Falava, gesticulava... O dono, coitado, não deve nem ter lembrado do ocorrido no dia seguinte, provavelmente, pelo seu estado alcóolico. Sem mais delongas: um par de glúteos! Uma bunda. Não digo com "B" maiúsculo porque... Pera lá, né... Devia pertencer a um sujeito tão franzino que me faz sentir feliz e aliviada por ter sido poupada de uma visão ainda mais patética (dada a distância de alguns carros a frente). Mas é isso...

Download concluído! Tá na minha hora :D Foi mal, gente, rs...