Ele, imerso em seus escritos, um intelectual ocupado com coisas importantes. As palavras se tornaram cifras e as cifras, o seu tempo. Ele se dedica a elas, tem prazer nelas. Uma prazer quase que físico, libidinoso. As palavras fazem por ele o que um beijo não poderia mais fazer.
Ela, absorta em pensamentos, em fugas, alimenta-se da ilusão e, acostumada ao confinamento e à prisão sem grades, suspirando profundamente, conclui:
- Ahhhhhhhh... Sabe aquelas primeiras semanas de início de namoro com aquele romance...? Pois é... :(
Moral da história: Vinícius de Moraes que o diga!