22 de ago. de 2010

Vento Oriental

Não tenho lugar, nem quem
As paredes que me abrigam
Estas mesmas paredes
De gelo, de cinza, de ferro
Me contém

Os sons que invadem meus ouvidos
Não sei quais são
O olhar, o rosto amigo
Fizeram-se dispersão

Tudo vento, tudo areia
As formas que antes desenhei
O mar desfez
Tornou-se lama
Fez-se pó
Trouxe o vento
Ilusão