Uma vontade que cala
Uma tristeza que quer andar sozinha
E silencia
Espaços antes navegados
Incompreendidos
Difusos
Permitidos
Como a esperar em um saguão
Como a tatear em mata cerrada
Como a ouvir o rugido do leão
E dorme...
Anestesiada pela condição
Absorta na imensidão do vácuo
De sonhos vencidos, derrotados
De portas entreabertas
De vontades de ser
De satisfazer
Ou sucumbir
Como a cantar salmos na lira soturna
E refazer os caminhos que levam
Novamente
Em movimentos contínuos, teimosos
Em contrição e reconhecimento
Domar os acontecimentos
Render-se à Soberania
E confortar-se nos braços do Pai
Uma tristeza caminha sozinha...