23 de abr. de 2011

Mais um pedaço de caminho

Uma vontade que cala
Uma tristeza que quer andar sozinha
E silencia

Espaços antes navegados
Incompreendidos
Difusos
Permitidos

Como a esperar em um saguão
Como a tatear em mata cerrada
Como a ouvir o rugido do leão

E dorme...
Anestesiada pela condição
Absorta na imensidão do vácuo
De sonhos vencidos, derrotados

De portas entreabertas
De vontades de ser
De satisfazer
Ou sucumbir

Como a cantar salmos na lira soturna
E refazer os caminhos que levam
Novamente
Em movimentos contínuos, teimosos
Em contrição e reconhecimento
Domar os acontecimentos
Render-se à Soberania
E confortar-se nos braços do Pai

Uma tristeza caminha sozinha...